Arquivo mensal: junho 2011

ao leite

24 de junho – Dia Internacional do Leite. Até agora eu não sei por que esta data é comemorada. Não sei se já houve algum protesto ou se é lobby dos produtores. Bom, se é Dia do Leite e o mundo inteiro está comemorando (u-hu!), quem sou eu para contestar? E se o leite é mocinho ou vilão, cada um que tome seu partido, mas que com o leite se faz muita coisa boa, isso se faz! Vendo o Conexão Paris hoje, me deparei com um post sobre sorvetes e eu, como mega fã de sorvetes, quase babei em cima do teclado.

Os sorvetes são do grande chef confeiteiro (ou pâtissier) Pierre Hermé. Como é verão em Paris, os macarons e chocolates dão lugar aos sorvetes. Eu nem consigo entrar no site porque fico entusiasmado com as fotos das criações e depois lembro que existe um oceano entre Brasil e França. O catálogo é de morrer! Ai, meu Deus! Jesus me chicoteia!

Caramelo com manteiga salgada e crocantes de caramelo.

Chocolate, nougatine de cacau, flor de sal e pimenta sarawak.

Pistache e morango.

*post usurpado do encantador Conexão Paris.

tortas com flavio federico

Manhã de sábado fria. Entrei no táxi em direção à Avenida Santo Amaro e desci bem em frente ao prédio onde fuciona a cozinha central da Flavio Federico, antiga Sódoces, um prédio acima de qualquer suspeita, porque no interior dele, planejava-se um crime contra qualquer dieta – mas tudo bem, nunca estou de dieta, mesmo! Virei comparsa.

Fui recebido pela diretora geral e mulher do chef, Angela Federico. Na sala de espera, algumas senhoras bem vestidas, uma estudante da Estácio, uma menina também bem vestida e um rapaz. Cinco minutos de conversa e fomos para o que interessava. A cozinha era linda, limpa e organizada (depois de ver certas cozinhas, eu fico emocionado quando vejo uma assim), cada coisa em seu lugar. Sobre as bancadas, as apostilas com todas as fichas técnicas explicadas em detalhes, incluindo fornecedores, e claro, a batedeira para a apresentação.

Flavio Federico formou-se em Direito, mas também como chef confeiteiro. O que mais gosto nele é que ele não tem interesse em fazer a pâtisserie clássica, mas em usar o que nós temos, os nossos regionalismos em suas criações. Um exemplo disso é o macaron de rapadura com cupuaçu, isso sem falar em outras criações envolvendo frutas que eu nunca ouvi falar na vida. Enfim, um homem que acredita numa confeitaria honesta. Ouvindo ele falar, dando cada pulo do gato, percebi que aquilo não era uma aula de culinária, mas de gastronomia, pois englobava muito mais que cada ingrediente ou modo de fazer daquelas fichas técnicas. Ele me abriu infinitas possibilidades a partir de apenas 3 tortas.

Mas que tortas? Torta Frangipane de Amêndoas, Maça e Whisky. Torta Suprema de Chocolate com Pranilé de Avelãs. Torta de Damasco com Jasmim e Hibisco. Qual ficou melhor? Sinceramente e honestamente, não sei. Meu bolo favorito de damasco da Kurt teve sua posição abalada.